quinta-feira, 30 de julho de 2009


Antiga Escola do Ensino Primário de Rio de Mel


Era uma vez...

Era uma vez uma Escola
Do Ensino Primário chamada
Situava-se no Rio de Mel
E foi muito bem estimada

O prédio foi dado ao Estado
Por benemérito de bom coração
Que emigrou em tempos idos
E se chamou ti Manuel Galvão

Queria que em Rio de Mel
Todos tivessem instrução
Soubessem ler e escrever
E adquirissem educação

Com sua oferta generosa
Isso tudo ele alcançou
Prejudicando a sua vida
A muitos e muitos ajudou

Para a Professora e família
Havia na Escola habitação
Para os alunos a Sala de Aula
Onde se estudava com atenção

Havia um Jardim bonito
Ao sábado por nós tratado
Junto à Escola era o Telheiro
Para se estar acoitado

Com uma única Professora
Todas as classes a estudar
Nesta Escola se aprendeu
Também a Arte de Ensinar

Carteiras de dois alunos
Com os tinteiros à frente
A tinta escorria do aparo
E sujava os dedos à gente

Fazia-se o cálculo mental
Ou escondia-se a mão a contar
A cabeça e a mão eram então
A nossa máquina de calcular

Pela Escola de Rio de Mel
Tenho grande admiração
Serviu-me sempre de guia
Em toda e qualquer situação

O edifício foi restaurado
Tem agora nova função:
Eventos, cultura, recreio
E também Sede da União

terça-feira, 28 de julho de 2009





Piscina de Rio de Mel

A Piscina de Rio de Mel é um lugar óptimo para se passarem alguns momentos de lazer.

É um lugar muito agradável que pode ser utilizado por crianças e adultos e donde se pode apreciar uma parte da beleza da nossa terra.

Aqui se podem passar umas boas férias.



Pereiras que dão pêras próprias para secar


Pereira centenária de Rio de Mel

Pêras secas

As pêras secas são uma especialidade da nossa região.

Em nenhuma outra região de Portugalpêras secas.

As pêras secas são muito apreciadas e bem pagas nos outros países da Europa, mas em Portugal poucos são os que as apreciam.

Comem-se como qualquer outro fruto seco e são até usadas para fazer chá, servindo de remédio, pois são muito digestivas.

São mais saborosas depois de secas do que enquanto frescas.

As pereiras que dão esta espécie de pêras atingem grande porte, têm longa duração, cultivam-se em terrenos frescos e aqui no Rio de Mel, quase sempre em prados localizados à beira do ribeiro.

As pêras são acastanhadas e de tamanho médio. Só atingem a maturação no fim do Verão.

Depois de colhidas faz-se o descasque, com a colaboração de todos os elementos da família, normalmente ao serão.

São descascadas inteiras, deixando-lhes também o píncaro. Depois põem-se a secar nos telhados onde previamente se colocou caruma ou palha de centeio.

Com a secagem diminuem de tamanho e adquirem uma coloração semelhante a cor de tijolo.

Depois de secas procede-se ao esmagamento das pêras que consiste em espalmá-las entre duas tabuinhas compridas unidas num dos extremos por um pedaço de borracha.

Guardam-se no sótão da casa em sítio arejado em cima de palha e vão-se comendo durante o Inverno e oferecendo aos amigos.

É pena não se incentivar esta actividade das pêras secas, o que traria um benefício para a região.

Seria muito bom que os chefes das autarquias dessem alguma atenção a isso.

segunda-feira, 29 de junho de 2009


Matança do Porco


A matança do porco

Era em Dezembro ou Janeiro que se fazia a matança do porco.

O porco era criado no curral, próximo da casa, com produtos hortícolas, crus ou cozinhados numa grande panela de ferro com três pés.

Levava-se a "lavagem" ao porco num caldeiro e despejava-se na pia ou gamela onde ele comia.

Depois de bem nutrido chegava o dia da matança.

Convidava-se a família para ajudar a matar o porco, prepará-lo, lavar as tripas, fazer as morcelas e provar já algumas assaduras da carne fresca.

Enquanto se preparava o porco ia-se fazendo um grande "jantar" para todos.

Agarravam o porco no curral, prendiam-no com uma corda, amarravam-lhe as patas e deitavam-no em cima de um banco corrido, em posição de o matador lhe poder espetar a faca na goela até ao coração.

Vinha uma mulher com um grande alguidar de barro aparar o sangue e mexê-lo com uma colher de pau.

O sangue depois era utilizado para o sarrabulho do "jantar" e para fazer as morcelas.

Depois do porco morto tirava-se para cima de uma grande lasca onde se lavava muito bem.

Arrancavam-lhe algumas cerdas mais compridas, que os sapateiros utilizavam nas linhas de cozer o calçado e com elas se faziam também pincéis.

Chamuscava-se o porco com carqueja a arder e nas unhas utilizavam brasas acesas para as descascarem.

Lavava-se e barbeava-se o porco muito bem para que ficasse bem limpo.

Depois pendurava-se no chambaril de cabeça para baixo, abria-se, tiravam-se-lhe a fressura e as tripas, que as mulheres iam lavar ao ribeiro.

Deixava-se o porco a escorrer , de um dia para o outro, numa loja fresca e só no dia seguinte se desmanchava e retalhava para se guardar e conservar na salgadeira e servir de conduto durante todo o ano.

Faziam-se as chouriças de sangue ou morcelas logo nesse dia.

Depois faziam-se os paios, as chouriças de carne e as farinheiras que se colocavam no fumeiro para secarem durante algum tempo.

Quando estivessem secas colocavam -nas em talhas de azeite para se conservarem bem.

A matança exigia muito trabalho.


A Visita Pascal


A Visita Pascal acontecia sempre, no Rio de Mel, na 2ª. feira da Páscoa de cada ano, porque no Domingo de Páscoa decorria a Visita Pascal em S. Gião.

Era um dia muito alegre e como se fosse Dia Santo, pois ninguém trabalhava nesse dia.

As pessoas eram todas muito cuidadosas com a limpeza das ruas, das casas e com o arranjo das mesmas.

Os homens cuidavam da parte exterior da casa ficando a parte interior ao cuidado das mulheres.

Eles arrumavam o pátio, tiravam as ervas, limpavam a rua, dando um ar festivo a tudo.

Elas esfregavam o soalho com sabão amarelo, para brilhar mais e preparavam a sala muito bem, colocando sempre na mesa a toalha branca bordada para o efeito.

No centro da mesa não faltavam a jarra das flores mais bonitas que tivessem e um pratinho com o "folar" , que normalmente era uma laranja e uma moeda, ou uma nota, consoante as possibilidades.

Vestiam uma roupa nova para melhor receber Nosso Senhor em suas casas.

Ao meio da manhã ouviam-se foguetes anunciando a chegada da Cruz.

O padre e o sacristão com alguns ajudantes chegavam a pé, vindos de outras aldeias próximas.

À frente vinha normalmente um jovem com uma sineta, que tocava com mais força quando se aproximava de cada porta, que estava aberta e com as pessoas da família esperando.

O Senhor Padre, ao entrar, aspergia a casa com água benta e dizia: "Boas Festas, O Senhor Ressuscitou. Aleluia, Aleluia".

De seguida o sacristão dava a Cruz a beijar, começando sempre pelo chefe da casa.

O ajudante recolhia o "folar" para um saco que transportava de casa em casa.

Para melhor conhecer os paroquianos, o padre ainda fazia algumas perguntas aos donos da casa.

As pessoas corriam para a casa dos vizinhos ou outros familiares para beijarem o Senhor novamente.

A sineta ia anunciando a chegada da Visita Pascal, no Outeiro, no Povo, na Vila Nova e no Covão.

As crianças corriam pelas casas todas da aldeia acompanhando o "Senhor".

Era um dia de festa muito alegre.

Hoje, por falta de sacerdotes e pessoas dedicadas, a Visita Pascal não se realiza, na nossa aldeia.





Imagens da entrada de Rio de Mel


Beleza de Rio de Mel


O Rio de Mel é bonito
Desde o início até ao fim
Tem paisagens bem verdes
A povoação é um jardim

Ao chegarmos à entrada
Logo nos surpreendemos
Recebemos as boas vindas
Até de aquilo que vemos

Da Vila Nova se avista
Uma panorâmica diferente
O colorido é tão belo
Que encanta toda a gente

Flores por todos os lados:
Rosas, cravos, trepadeiras
Sorriem para nós as casas
Por trás das suas videiras

Até o olfacto se espanta
Com tão agradável cheirinho
Das tílias e laranjeiras
E da flor do rosmaninho

A nossa aldeia merece
Uma especial atenção
Cada vez que se visita
Recebe "Mel" o coração

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009



Foto tirada junto à capela da Senhora do Livramento


Foto de uma Professora que leccionou no Rio de Mel há cerca de 50 anos.

Estes alunos eram "a coisa mais importante" que havia nesse tempo na nossa terra.

Reconhecem aqui alguém?

Esta imagem deve ser mostrada a todos os riodemelenses, para maior reconhecimento.

Será que te reconheces aqui?

Será que está aqui o teu pai, o teu tio ou o teu primo?




A Festa do Galo

A Festa do Galo, nas décadas de 50 e 60, decorria no sábado Gordo, ou seja, no sábado antes do Entrudo.

Era uma festa organizada pelas crianças da Escola Primária.

Uma semana ou duas antes do Carnaval, os rapazes iam pedindo aos pais uns tostões, até juntarem o necessário para comprarem um grande galo pedrês, dos mais bonitos que houvesse nas capoeiras do Rio de Mel.

Entretanto iam construindo, em segredo, uma gaiola de rede, que assentava em quatro paus compridos, de maneira que ela pudesse ser transportada aos ombros dos alunos mais velhos.

Ao sábado, havia aulas no período da manhã para aprender o Hino Nacional, para Actividades da Mocidade Portuguesa, para jardinagem e lavores, mas no sábado Gordo só decorria a Festa do Galo.

Logo de manhã os rapazes metiam o Galo na gaiola, enfeitavam-na com mimosas amarelas, camélias e serpentinas de muitas cores.

Juntavam-se todos os alunos no Largo das Almas para iniciar o desfile.

Os rapazes, revezando-se, transportavam a gaiola aos ombros, seguidos das meninas que traziam açafates com queijos frescos, ovos, chouriças, broínhas, etc. para oferecer à senhora Professora.

Faziam uma "Procissão" com o Galo na gaiola, passando pelo Povo, pela Vila Nova, em direcção à Escola, muito alegres e satisfeitos, dizendo: -"Viva o Galo, Viva a senhora Professora"...

As pessoas que passavam, sorriam com a manifestação da garotada.

A Professora, emocionada, recebia as crianças junto da Escola agradecendo os presentes que elas lhe traziam.

Comentava depois com os pais a sua admiração por este costume de Rio de Mel, tão original.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

As JANEIRAS


A rapaziada gostava de cantar As Janeiras.

Iam de porta em porta pedindo, a cantar, aquilo que lhes quisessem dar.

Isso acontecia normalmente, à tardinha, no dia de Ano Novo e no dia de Reis, quando as pessoas conviviam à lareira.

Por vezes cantavam assim:


As Janeiras são cantadas
Do Natal até aos Reis
Levante-se lá Senhora
Se tendes coisa que nos deis

Levante-se lá Senhora
Desse banquinho de cortiça
Venha-nos dar as Janeiras
De morcela ou de chouriça


Se a dona da casa demorava algum tempo, enquanto tirava as chouriças do fumeiro ou ia ao sótão buscar os figos secos e as nozes, eles voltavam a cantar:


Levante-se lá Senhora
Desse banquinho de prata
Venha-nos dar as Janeiras
Que está um frio que mata



Quando chegavam os donos da casa, os rapazes abriam os bornais onde guardavam as ofertas, recolhiam a dádiva, agradeciam e cantavam novamente:


Boas Festas e Bom Ano
Nós queremos desejar
Saúde e Paz para todos
Pois queremos cá voltar


A colheita das Janeiras era depois saboreada à noite em divertida confraternização, junto da lareira onde se assavam as chouriças e se comiam as castanhas piladas, tudo regado com uma boa pinga.


Outeiro - vista parcial

O Outeiro é outro "bairro" do Rio de Mel.

Daqui se pode observar toda a aldeia.

O visitante, quando chega ao Outeiro, fica encantado com a paisagem que se lhe depara e ao contactar com os habitantes de Rio de Mel aprecia a sua singeleza e afabilidade.

É no Outeiro que se situam: a Escola Primária antiga, hoje aproveitada para Sede da União Progressiva, a Piscina e a Escola Básica,desactivada por falta de alunos.


Almas


As "Almas" do Rio de Mel, situam-se no Largo que tem o mesmo nome e no caminho da Fonte.

Certamente foram colocadas aqui neste lugar de passagem para que ninguém se esquecesse de rezar pelas almas dos seus defuntos cada vez que por aqui passasse.

Isto demonstra bem a devoção que esta gente tem pelas almas do purgatório.

No Largo das Almas se faziam os bailaricos de Carnaval e dos domingos de Verão.

Essas "danças" eram feitas com pares dançando e cantando em roda, ao som da música de realejos e concertinas.Por vezes os cantares faziam- se ao desafio.

Se anoitecia durante a dança, alguém se lembrava de ir buscar um candeeiro de carboreto para iluminar a diversão.

A bebida era apenas a água fresca da Fonte próxima.

Estas agradáveis diversões de velhos e novos no Largo das Almas eram as "discotecas" do Rio de Mel.



Vila Nova - vista parcial


A Vila Nova do Rio de Mel fica numa encosta virada para o Povo.

Tem um aspecto muito agradável e também aqui se misturam as casas de xisto com as casas de alvenaria.

Antigamente funcionava aqui a forja do Sr. Albano caldeireiro onde se faziam caldeiras de cobre.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009


Lavadouro Público

Este Lavadouro Público é utilizado ainda hoje, embora muitas pessoas possuam já máquina.

É aproveitada a água da Fonte de Baixo.

Além de se lavar aqui a roupa também são divulgadas as notícias da terra e arredores, pelas utilizadoras deste local.



Fonte de Baixo



Fonte de Cima


As Fontes

Eu sou a Fonte de Cima
Da Fonte de Baixo amiga
Tenho tanque e uma bica
E já sou muito antiga

Água pura e bem gostosa
Ofereci já a muita gente
Enchi cântaros e jarros
E dei alívio ao doente

Noutros tempos à noitinha
Ouvi risos de namorados
Brincando com a rodilha
Esperando encher, sentados

No meu tanque bebiam
Os burros antigamente
Conduzidos pelos donos
Caminhando lentamente

Na noite de São João
Os rapazes me enfeitavam
Com as flores mais bonitas
Que, das janelas, tiravam

Arco de rosas vermelhas
Junto de mim colocavam
De manhã, vindo à Fonte
As pessoas se admiravam

As meninas ao descobrirem
Ali seus vasos preferidos
Perguntavam a si mesmas
Quem seriam os atrevidos

Nunca me cansei até hoje
Sempre água boa ofereço
Este desprezo que me dão
Penso que não o mereço

Minha amiga Fonte de Baixo
Partilha da minha opinião
Tanta água tão fresquinha
Merecia muito mais atenção

Aqui pedimos, nós duas
Muito tristes e a chorar
Acabem com esta tristeza
E mandem-nos restaurar



Vista parcial do Povo de Rio de Mel

Nesta bela vista do Povo podemos admirar uma mistura de antigo e moderno onde se destaca a chaminé de um forno privado, mas que é muitas vezes emprestado principalmente nas ocasiões festivas, para cozer a broa e as broínhas doces , que são uma especialidade de Rio de Mel.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008



Forno Comunitário Antigo

Este Forno Comunitário situa-se na rua principal do Povo de Rio de Mel.

Aqui se cozia e ainda coze, a boroa de milho para toda a semana. Também se faziam as broínhas doces e se assavam os borregos, os cabritos e os coelhos para os dias festivos.

A bôla era recheada de sardinha, bacalhau ou chouriça e era de "comer e chorar por mais".

Assavam-se as batatas com a pele, espetadas em arames, e o bacalhau que era a comida dos pobres.

Davam-se murros nas batatas para se esborracharem, desmanchava-se o bacalhau, misturava-se tudo numa bacia de barro com alho picado e muito azeite e servia de ceia no dia de cozer o pão (boroa).



Ponte do Ribeiro de Rio de Mel

Esta Ponte é muito antiga embora as guardas sejam mais recentes.

O Ribeiro só é mais caudaloso na época invernosa, pois na época estival a sua água serve para regar os campos das margens.

A água deste Ribeiro é represada em pequenos Açúdes e Poças e também encaminhada para os Moínhos que moem o milho que se cultiva nas suas margens.

Antigamente a roupa era lavada no Ribeiro e corada nas ervas das margens. Agora há um lavadouro público na Fonte de Baixo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008



O Povo - da Aldeia de Rio de Mel - vista parcial

Na nossa aldeia há vários lugares, sendo o principal,o Povo.

Ao fundo do Povo corre o Ribeiro do Rio de Mel que vai desaguar no Rio Alvôco.

É no Povo que se situa a Capela de S.to Estêvão e o antigo Forno Comunitário.

As casas antigas misturam-se com casas restauradas e modernizadas, sendo um bom exemplo disso "A Casa da Eira", que tem duas escadas de entrada, como era antigamente a casa da Tia Rita Galvão, mas agora readaptada e mais vistosa.

A toponímia de Rio de Mel é variada e alguns nomes vêm já referidos no livro" Enquadramento Histórico e Toponímia do Concelho de Oliveira do Hospital" de Francisco Correia das Neves, nas páginas 475 e 476.



Rio de Mel - Vista Parcial


Podemos constatar que o Pinheiro abunda em redor de Rio de Mel,contribuindo para a pureza dos ares que aqui se respiram.

A mistura do antigo e moderno está bem patente nesta imagem e noutras que se seguem.

É uma Aldeia Serrana de particular encanto, principalmente para pessoas que vivem habitualmente em locais poluídos e buliçosos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A Festa de Santo Estêvão

Todos os anos se realiza a Festa de S.tº Estêvão, em Rio de Mel, no dia 26 de Dezembro.

A capela de S.tº Estêvão é enfeitada com muito gosto e não falta o Presépio que prende a atenção de crianças e adultos.

Missa com música de Filarmónica e cânticos, seguida de Procissão pela rua principal onde nunca falta a Irmandade.

No final da parte religiosa há um leilão de pequenas ofertas cuja receita reverte para a Capela.

As ofertas constam de chouriços, queijos, boroas, bolos, água-pé, aguardente, jeropiga, mel, etc.

Normalmente estas ofertas são consumidas em alegre convívio, pelas pessoas que participaram na Festa, junto à Fogueira de Natal.

Esta Fogueira conserva-se acesa desde a véspera, no Largo da Capela, com um forte braseiro e nela se aquecem os visitantes e aqueles que gostam de: conversar, contar anedotas, cantar- tudo acompanhado com boa jeropiga.


A Irmandade ou Confraria de Nossa Senhora dos Remédios


Esta Irmandade foi fundada em 1952, com auxílio do Sr. Pe. Frederico Fatela, que estava à frente das Paróquias de S. Gião e Sandomil nessa época.

É a Confraria de Nossa Senhora dos Remédios que administra as Capelas e organiza as Festas Religiosas.

Os Irmãos da Confraria usam opa banca e capelo azul e as Irmãs usam uma fita azul com Medalha de Nossa Senhora, quando participam nas Formaturas das Procissões das Festas de S.to Estêvão, Nossa Senhora dos Remédios e na Procissão do Corpo de Deus de S. Gião.

A Irmandade também acompanha os Irmãos que morrem ,ou outros cujas famílias o solicitem, à sua última morada.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008



Santo Estêvão- imagem que se venera em Rio de Mel

Estêvão foi um dos primeiros sete Diáconos escolhidos pelos Apóstolos, com o fim de por eles serem aliviados de tarefas administrativas.

Foi também um homem cheio do Espirito Santo e não limitou o seu " diaconado" aos serviços caritativos.

Dedicou-se com toda a sua alma à Evangelização, tornando-se testemunho de Cristo Ressuscitado.

Fazia grandes prodígios e milagres entre o povo.

Morreu apedrejado cerca do ano 36 da nossa era e aceitou a sua morte com a mesma disponibilidade com que Jesus aceitou a Sua.

Ele viu o Céu aberto e o Filho do Homem de pé à direita de Deus.

Enquanto o apedrejavam, orava dizendo " Senhor Jesus, recebe o meu espírito". (Bíblia Sagrada-Actos dos Apóstolos 6,8-10 e 7,54-59 e Missal Ferial).

É festejado, em Rio de Mel, no dia 26 de Dezembro, que é a data do seu martírio. Foi o primeiro mártir do Cristianismo.

domingo, 21 de setembro de 2008



Porta da Capela de Stº. Estêvão

A Capela actual, embora esteja situada no local onde existia a antiga Casa de Culto, é bastante diferente.

A Antiga Capela ou Casa de Culto, (veja-se foto a preto e branco, neste blog) era uma casa que foi adaptada ao Culto dos fiéis, a que se agregou uma Torre na primeira metade do séc. XX, com esforço e dedicação da população, nomeadamente de homens fortes que transportaram as pedras e grandes lajes às costas para a construção da Torre, tudo gratuitamente.



Capela de Santo Estêvão

A Capela de Stº. Estêvão fica situada no Povo, do Rio de Mel, no largo que tem o nome do Santo.

Esta Capela foi inaugurada no dia 16 de Agosto de 2003 por Sua Exª. Revª. o Bispo da Guarda, D. António dos Santos, que estava acompanhado por: Sr. Pe. José Moreira Martinho- Arcipreste de Seia e prior de S. Romão; Sr. Pe. Paulo Jorge Oliveira do Carmo-Pároco de S. Gião; Sr. Pe. Nuno Almeida Silva-antigo Vigário Paroquial de S. Gião e Sr. Pe. Manuel dos Santos Cartaxo-Secretário Episcopal.

As obras da Capela foram custeadas pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e pelos generosos naturais de Rio de Mel.

O projecto da Capela de Stº.Estêvão é da autoria do arquitecto Fritz Wesseling.
( Algumas informações foram recolhidas no livro" O Concelho de Oliveira do Hospital-Credenciais para a sua História" e outras foram dadas pelo senhor Secretário da Confraria de Nossa Senhora dos Remédios, a quem agradeço.)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008



Adro da Capela da Sª. dos Remédios

O Adro da Capela da Sª. dos Remédios é um espaço de lazer muito agradável. Ali se podem passar bons momentos de descanso, convívio, leitura, meditação, etc.

É um sítio óptimo para aqueles que durante as férias necessitam de repouso e tranquilidade, beneficiando aqui de ares puros e paisagens encantadoras.

Daqui se avista o Monte do Colcurinho com a sua ermida onde se venera a imagem da Milagrosa Nossa Senhora das Necessidades.

domingo, 7 de setembro de 2008


Espaço recreativo e cultural de Rio de Mel

Este espaço situa-se no Cabeço da Senhora dos Remédios junto à ermida que tem o mesmo nome.É utilizado principalmente na ocasião dos festejos de Verão depois de terminar a parte religiosa.

É um espaço recente para o qual contribuiram os riodemelenses e amigos e onde tem lugar a parte recreativa e cultural que anima a festa da Padroeira e a festa de Agosto, para angariar fundos destinados ao progresso de Rio de Mel.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008



Procissão da Festa da Sª. dos Remédios onde se pode ver um "Irmão" da Irmandade de Rio de Mel



Procissão da Festa da Sª. dos Remédios com fogaça e andores

A Festa da Senhora dos Remédios, em Rio de Mel, realiza-se todos os anos em Junho, dez dias depois da Festa Nacional do Corpo de Deus.

É a Festa mais importante do Rio de Mel. Na véspera da festa à noite realiza-se uma procissão de velas desde a Capela da Senhora dos Remédios até à Capela de Stº. Estêvão, no Povo, onde se transporta o andor com a imagem da Senhora dos Remédios, as outras imagens e as Bandeiras.

No dia da festa faz-se uma procissão com as imagens e as bandeiras desde a Capela de Stº. Estêvão até à Capela da Srª dos Remédios seguindo-se a celebração da Eucaristia Solene normalmente acompanhada pela banda filarmónica de S. Gião.

No fim da Eucaristia faz-se novamente uma procissão com todas as imagens desde a Capela da Sª. dos Remédios até à Capela da Sª. do Livramento, regressando à primeira.

Seguidamente procede-se à arrematação das fogaças.